Com mais 100 mil mulheres participantes, atividade é marcada pela memória dos 40 anos de assassinato de Margarida Alves, mártir da luta camponesa no Brasil

Mulheres da CPT Goiás participaram nesta quarta-feira, 16, junto a mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil, da 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília (DF). Margaridas viajaram até 7 dias para compor a caminhada, que teve como lema “Pela Reconstrução do Brasil e do Bem Viver”.

A 7ª Marcha das Margaridas é marcada pela memória dos 40 anos do assassinato de Margarida Alves, trabalhadora rural paraibana assassinada no dia 12 de agosto de 1983, aos 50 anos. Margarida foi uma das primeiras mulheres a ocupar a posição de dirigente sindical no Brasil e sua vida inspira ainda hoje as mulheres na luta pelos direitos trabalhistas, pelos direitos humanos e pela dignidade da população do campo.

A pauta da Marcha, com apontamentos para desenvolvimento da agroecologia, da produção e da geração de renda das famílias do campo e inclui o combate à violência contra as mulheres – por uma Política Viva – foi entregue a pelo menos 23 ministérios, ao executivo e legislativo federais

Estiveram presentes, no palco de encerramento da caminhada, a ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, o ministro Luiz Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que falaram sobre o andamento das políticas públicas para as mulheres e toda a população camponesa do Brasil.

A atividade é uma realização da Contag, Federações e Sindicatos, que se unem na agenda do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) levou mais de 30 ônibus do estado para a Marcha.

Mulheres da CPT Goiás participaram também de oficina sobre Juventudes no Campo no dia 15, terça-feira, dentro da programação de preparação para a Marcha.