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Famílias do Movimento Camponês Popular (MCP) ocupam agências da Caixa em Goiás por moradia e justiça social

Jornada Nacional do MCP mobiliza centenas de famílias por alimentos saudáveis, habitação rural e justiça climática

Entre os dias 19 e 22 de maio de 2025, o Movimento Camponês Popular (MCP) promoveu a Jornada Nacional de Luta Camponesa por Alimento Saudável e Justiça Climática, com ações em sete estados brasileiros. Em Goiás, a mobilização ganhou força com a ocupação de duas agências da Caixa Econômica Federal, nas cidades de Anápolis e Posse, por mais de 400 famílias camponesas.

Na quinta-feira (22), cerca de 250 famílias vindas de diversas regiões do estado ocuparam a agência da Caixa no centro de Anápolis. Simultaneamente, outras 150 famílias acamparam na unidade do banco no município de Posse, no nordeste goiano. A principal reivindicação é a contratação imediata de moradias camponesas, demanda represada há anos que impacta diretamente as comunidades que produzem alimentos para o país.

Além da pauta da habitação, a jornada em Goiás está inserida num contexto mais amplo, que inclui a defesa da reforma agrária popular, o incentivo à agroecologia, o acesso a políticas públicas de crédito, assistência técnica e comercialização da produção camponesa. A mobilização também se conecta à luta por justiça climática, exigindo ações concretas para combater o desmatamento e garantir a participação dos povos do campo nas decisões que envolvem os biomas brasileiros e a transição ecológica.

Durante os quatro dias de mobilização nacional, o MCP pautou a reconstrução de políticas públicas voltadas ao campo e denunciou a lentidão do Estado em garantir os direitos básicos das populações camponesas. Entre as propostas apresentadas estão o fortalecimento da CONAB, a ampliação das cozinhas solidárias, o fomento às sementes crioulas, o acesso a tecnologias adaptadas e a retomada de programas habitacionais voltados às famílias agricultoras.

A ação reafirma o papel central da agricultura camponesa na garantia da soberania alimentar, no combate à fome e na proteção dos territórios. Em nota, o MCP defende que “comida saudável é dever do Estado, direito do povo e compromisso camponês”.

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