Comunidades Quilombolas Levantado e Extrema, localizadas no município de Iaciara-GO, foram à Câmara Municipal da cidade na noite desta quinta-feira (11) buscar apoio para impedir que a mineradora Calbrax construa instalações para extração de calcário a 1.500 metros de casas de famílias remanescentes de quilombo. O mapa que a própria mineradora apresentou mostra a localização da área que pretende explorar.
![](https://cptgoias.org.br/wp-content/uploads/2022/11/WhatsApp-Image-2022-08-11-at-20.22.57.jpeg)
![](https://cptgoias.org.br/wp-content/uploads/2022/11/WhatsApp-Image-2022-08-11-at-20.12.14-1024x768.jpeg)
![](https://cptgoias.org.br/wp-content/uploads/2022/11/WhatsApp-Image-2022-08-11-at-20.12.15-1024x768.jpeg)
![](https://cptgoias.org.br/wp-content/uploads/2022/11/WhatsApp-Image-2022-08-11-at-22.13.58-768x1024.jpeg)
De acordo com as famílias, os poucos empregos que serão criados pela mineradora não pagam os danos causados em suas casas, devido às explosões, nem os prejuízos à produção e à saúde das pessoas provocados pela poeira e outras formas de poluição e danos ambientes decorrentes de exploração minerária dessa natureza.
As comunidades foram ouvidas pelos vereadores do município que, ao final da sessão, manifestaram apoio unânime às suas reivindicações. A sessão completa foi transmitida ao vivo e pode ser assistida no link a seguir: https://fb.watch/eRqIWnHJXm/
Leia a carta distribuída pela comunidade:
“CARTA MANIFESTO À POPULAÇÃO DE IACIARA
Nós, das comunidades quilombolas Extrema e Levantado somos contra a instalação da mineradora Calbrax para extrair calcário a 1.500 metros de nossas casas. Afinal, defendemos as nossas famílias e o lugar onde vivemos, o nosso território!
A explosão das pedras de calcário com explosivos pode danificar as nossas casas rachando as paredes! Com a grande quantidade de pó em uma distância tão pequena de nossas casas poderá provocar doenças respiratórias em todos os moradores das comunidades, podendo matar as crianças e os idosos. Não é isso que queremos para nossas famílias de nossa comunidade!
Entendemos que não é vantajoso trocar o nosso lugar de viver por “meia dúzia” de postos de trabalho com força de trabalho especializada que em sua maioria serão ocupados por pessoas vindas de fora.
Dessa forma, pedimos o apoio de toda a população para que possamos evitar mais uma injustiça contra o povo quilombola! Afinal, “desenvolvimento” não compra saúde e o nosso lugar de viver!”