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Comunidades quilombolas vão à câmara dos vereadores de Iaciara (GO) em busca de apoio contra ação de mineradora

Comunidades Quilombolas Levantado e Extrema, localizadas no município de Iaciara-GO, foram à Câmara Municipal da cidade na noite desta quinta-feira (11) buscar apoio para impedir que a mineradora Calbrax construa instalações para extração de calcário a 1.500 metros de casas de famílias remanescentes de quilombo. O mapa que a própria mineradora apresentou mostra a localização da área que pretende explorar.

De acordo com as famílias, os poucos empregos que serão criados pela mineradora não pagam os danos causados em suas casas, devido às explosões, nem os prejuízos à produção e à saúde das pessoas provocados pela poeira e outras formas de poluição e danos ambientes decorrentes de exploração minerária dessa natureza.

As comunidades foram ouvidas pelos vereadores do município que, ao final da sessão, manifestaram apoio unânime às suas reivindicações. A sessão completa foi transmitida ao vivo e pode ser assistida no link a seguir: https://fb.watch/eRqIWnHJXm/

Leia a carta distribuída pela comunidade:

“CARTA MANIFESTO À POPULAÇÃO DE IACIARA

Nós, das comunidades quilombolas Extrema e Levantado somos contra a instalação da mineradora Calbrax para extrair calcário a 1.500 metros de nossas casas. Afinal, defendemos as nossas famílias e o lugar onde vivemos, o nosso território!

A explosão das pedras de calcário com explosivos pode danificar as nossas casas rachando as paredes! Com a grande quantidade de pó em uma distância tão pequena de nossas casas poderá provocar doenças respiratórias em todos os moradores das comunidades, podendo matar as crianças e os idosos. Não é isso que queremos para nossas famílias de nossa comunidade!

Entendemos que não é vantajoso trocar o nosso lugar de viver por “meia dúzia” de postos de trabalho com força de trabalho especializada que em sua maioria serão ocupados por pessoas vindas de fora.

Dessa forma, pedimos o apoio de toda a população para que possamos evitar mais uma injustiça contra o povo quilombola! Afinal, “desenvolvimento” não compra saúde e o nosso lugar de viver!”

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