Produto da lavoura comunitária da comunidade Santa Rita alimenta famílias e gera renda para as mulheres
A comunidade Santa Rita, no município de Silvânia (GO), colheu 5 toneladas de mandioca da lavoura comunitária plantada no ano passado. Em parceria com o Grupo de Mulheres da comunidade João de Deus, as famílias produziram 56 latas de polvilho agroecológico de alta qualidade, que somam quase 900 quilos do mantimento. A produção servirá primeiramente para alimentar as famílias ao longo do próximo ano, mas todo o excedente já tem venda garantida.
O beneficiamento da colheita foi realizado na Casa de Farinha, construída por projeto realizado pelo Grupo de Mulheres da comunidade João de Deus em parceria com a CPT Goiás há seis anos. O espaço está equipado com máquinas para descascar, triturar as raízes e lavar a massa, reduzindo o volume de trabalho pesado e proporcionando a ampliação da autonomia produtiva das mulheres.
Mesmo com o maquinário, boa parte das atividades é realizada de forma manual, como a limpeza final das mandiocas, as transferências do material de uma etapa a outra e todo o processo de secagem, limpeza e ensacamento do polvilho.
Rita Lina Ribeiro de Faria, 68 anos, moradora da comunidade João de Deus e integrante do Grupo de Mulheres, trabalha todo ano na produção de polvilho e considera este trabalho muito importante para as mulheres da região.
“É um trabalho muito bom porque a gente sai de casa, troca informação, fica mais atualizada. Com o nosso coletivo organizado a gente faz um dinheirinho pras necessidades pessoais da gente, a gente fica mais empoderada, pode gastar o dinheiro da forma que quiser. E todo mundo quer nosso polvilho, porque é melhor do quê o que tem no mercado”, narra Rita Lina.
Além da mandioca, a comunidade Santa Rita também produziu coletivamente feijão, gergelim e amendoim. A lavoura comunitária de mandioca plantada em João de Deus deve ser colhida em abril e deve servir para nova produção de polvilho ou farinha.
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