CPT Goiás leva atividade de lançamento do caderno Conflitos no Campo 2024 para o centro da feira, dialogando com o grande público

Na última quinta-feira, 5, a Comissão Pastoral da Terra Regional Goiás realizou o lançamento da publicação “Conflitos no Campo 2024 – Análise dos Dados Registrados em Goiás”, no palco principal da Feira AgroCentro-Oeste Familiar 2025, na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia (GO). Além da plateia lotada, com cerca de 150 pessoas, as apresentações ecoaram por toda a feira, dialogando com um público amplo de produtoras, produtores e com o público da feira.
A atividade foi aberta com o Cortejo da Reforma Agrária, que teve início na área externa do Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal e percorreu todo o salão. Com animação de Antônio Baiano, camponeses e camponesas de movimentos sociais e sindicais do Campo Unitário Goiás carregaram faixas, bandeiras, entoando hinos e gritos de luta.




A mesa de abertura foi conduzida por Leila Lemes, coordenadora da CPT Goiás. Após apresentação de Simone Oliveira, da Campanha Cerrado, com um poema de Pedro Tierra, foi aberto espaço para saudações ouve saudações do Magistrado Dr. Eduardo Tavares, da Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça (CSF/TJ-GO), Irene Santos, do IBRACE, Dra. Carolina de Carvalho Byrro, da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), Saulo Reis, do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários do MDA, Maria Petrolina, Coordenadora da CPT Nacional, Patrícia Cristina, do MST, Antônio Chagas, da Fetraf-GO.






Para debater a questão da violência no campo em Goiás, Gerailton Santos Ferreira, coordenador da CPT coordenou a segunda mesa da atividade, que teve a participação de Dom Jeová Elias, bispo da Diocese de Goiás, que assina um dos textos do caderno, e do deputado estadual Mauro Rubem.





A apresentação dos dados sobre os conflitos registrados em Goiás foi feita por João Marcos Picarti, da coordenação da CPT Goiás. Tabelas e análises da publicação apontam para a violência como um mecanismo da contrarreforma agrária no estado. Em 2024, 4.158 famílias foram atingidas por conflitos no campo no estado apenas em 2024. Embora o número de ocorrências tenha diminuído em relação a 2023, a CPT alerta que isso não significa redução dos conflitos, mas sim a repetição e intensificação da violência nas mesmas regiões já marcadas por disputas anteriores.
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